O
pequeno Arthur aparecia com um branco no fundo do olho em fotografias, o
que levou a família a desconfiar de que havia algo errado. (Foto: Michele Brito/Vc no G1)
Um brilho diferente no olhar do filho de 5 meses, em fotografias, fez Michele de Farias Brito, do Rio de Janeiro,
procurar um oftalmologista. O diagnóstico foi um baque para a mãe: o
pequeno Arthur tem retinoblastoma, uma forma de câncer, nos dois olhos.
“Achei que era normal esse branco no olho, mas minha irmã me alertou a procurar um especialista”, conta Michele, que escreveu contando o caso, na esperança de que outros pais fiquem atentos para o problema. “Tem criança que só tem em um olho, mas no caso dele, são os dois”, diz.
O bebê atualmente
está fazendo uma série de exames no Instituto Nacional de Câncer
(Inca), no Rio, para avaliar a gravidade da situação e o melhor
tratamento a ser adotado. “Ele só tem 5 meses. O exame é doloroso, tem
que tirar sangue. É aquele procedimento que é difícil para os pais”,
conta.
Ainda
assim, Michele está confiante de que Arthur ainda tenha a doença em
estágio precoce. Se isso se confirmar, ele tem maior chance de manter a
visão.
Em
casos avançados da doença, o paciente pode perder o olho. A
oftalmologista Maria Teresa Bonanomi, que trabalha no setor de retina e
oncologia ocular do Hospital das Clínicas, em São Paulo, alerta que, de
modo geral, esse câncer é altamente maligno. Característico da infância -
90% dos casos aparecem até os 3 anos - ele ocorre em 1 de 15 mil
nascimentos, explica a médica, que não está envolvida no caso de Arthur.
“Se
o tumor é diagnosticado precocemente, pode-se manter o olho com visão
útil em 90% dos casos. Por outro lado, em nosso meio, conseguimos manter
o órgão em 50% dos casos apenas, pois o diagnóstico muitas vezes é
tardio. A pupila branca, também conhecida como leucocoria, é o sinal
mais comum. Deve-se levar a criança ao oftalmologista assim que
observada”, recomenda.
Fonte: Bem Estar, com G1
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