Assaltos milionários e fugas espetaculares teriam sido praticados pela facção no Ceará. O Estado é alvo do bando.
As autoridades da Segurança Pública investigam a informação de que, pelo
menos, 120 integrantes da facção criminosa paulista Primeiro Comando da
Capital (PCC) teriam atuado ou estariam agindo neste Estado.
Oficialmente, porém, não foi anunciada nenhuma operação ou ação sobre o
fato.
Investigações feitas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de São Paulo indicam a presença de membros do bando no Nordeste e o Ceará seria um dos Estados ´alvos´ da organização ligada a assaltos a bancos, sequestros, fuga em presídios e corrupção de agentes públicos.
Mais recentemente, em maio de 2011, a Polícia cearense, juntamente com
autoridades paulistas, investigaram e prenderam um dos membros do PCC na
cidade de Pacajus, na Região Metropolitana de Fortaleza. Trata-se de
Nilson Espíndola de Souza, o ´Nilsinho´, detido numa operação do
Departamento de Inteligência Policial (DIP), sob o comando dos delegados
Francisco Carlos Crisóstomo e Luiz Carlos Dantas. Contra ele, havia
vários mandados de prisão em SP.
A Polícia investigou também a fuga espetacular de outros membros do PCC
no Ceará. O fato aconteceu no dia 4 de fevereiro de 2011, quando um
bando fortemente armado invadiu as dependências do Instituto Presídio
Professor Olavo Oliveira II, o IPPOO II, na BR-116, em Itaitinga, e
resgatou, pelo menos nove bandidos, entre eles, três supostos membros do
PCC e que haviam sido condenados por envolvimento no furto milionário
ao Banco Central, em 2005.
Do IPPOO II, foram resgatados os assaltantes Marcos Rogério Machado de
Morais, o ´Rogério Bocão´; Fernando Carvalho Pereira, o ´Fernandinho´; e
Edésio Batista das Neves Sobrinhos, todos condenados pelo furto de R$
164,8 milhões do BC.
´Rogério Bocão´, havia sido condenado, na época, a 49 anos de prisão
juntamente com outro suposto membro da facção criminosa paulista, seu
primo Antônio Jussivan Alves dos Santos, o ´Alemão´. Os dois teriam
articulado a ação criminosa no BC junto com outros chefes do PCC.
O chefe
Também teve passagem pelo Ceará o homem que é tido pelas como chefe do
PCC. Trata-se de Marcos Willians Herbas Camacho, o ´Marcola´, que, em
fevereiro de 2000, comandou o ataque à empresa Nordeste Segurança, em
Caucaia, de onde foi roubada a quantia de R$ 1,3 milhão.
FERNANDO RIBEIRO\EDITOR DE POLÍCIA
FONTE: DN
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