A
Polícia Civil está em diligências na tentativa de recapturar um
sequestrador que escapou da prisão no último fim de semana. Trata-se de
Célio da Silva Vieira, que conseguiu fugir da carceragem da Divisão
Antissequestro (DAS), no bairro Jacarecanga. A fuga aconteceu na manhã
de sábado, quando o acusado foi tirado da cela para tomar banho-de-sol.
Ele aproveitou um simples descuido do policial que fazia a guarda das
celas e desapareceu rapidamente.
Célio faz parte de uma numerosa quadrilha responsável pelo sequestro de um estudante, filho de um empresário que também sofreu o mesmo tipo de crime. O rapaz foi arrebatado pela quadrilha dentro do colégio onde estudava, no bairro Papicu, na manhã de 26 de junho de 2008. Célio foi condenado a 17 anos de prisão, mas, por ter colaborado nas investigações, recebeu o direito de permanecer recolhido na própria DAS.
Fuga
A fuga do
sequestrador está mobilizando toda a equipe da DAS. Na noite de ontem, a
Reportagem teve contato telefônico com o diretor daquela unidade de
elite da Polícia Civil, delegado Rommel Kerth. Segundo ele, as buscas
estão se estendendo não apenas pela Capital, mas também pelo Interior do
Estado e na Região Metropolitana de Fortaleza. Conforme a Polícia,
Célio não teria recebido ajuda de comparsas. Escapou sozinho.
Em julho de
2008, ele e toda a quadrilha responsável pelo sequestro do estudante foi
desarticulada e presa pela equipe da DAS. No total, faziam parte do
bando 17 pessoas. Os chefes da quadrilha são bandidos de altíssima
periculosidade, entre eles, Alexandre Ribeiro da Silva, o ´Alex
Gardenal´; Francisco Fabiano da Silva Aquino, o ´Fabinho da Pavuna´; e
Francisco Márcio Teixeira Perdigão, o ´Márcio perdigão´. Também são
acusados de pertencer ao bando os seguintes acusados, Francisco
Ediverton Honório (fornecedor das armas para a quadrilha), Juan Pablo de
Loiola Bilar (dono dos imóveis que serviram de cativeiro para o refém),
Manoel Martins da Silva, Paulo Henrique dos Santos, Daniel Belmiro
Rodrigues, Francisco Eriberto Honório (irmão de Edilberto), José
Alexandre da Silva, Estefânia Sales Rocha e, ainda, o PM Solonildo de
Oliveira Costa, conforme apurou a DAS na época.
"Cabeças"
Segundo o
diretor da DAS, o homem que fugiu recebeu a prerrogativa de permanecer
preso naquela unidade por ter colaborado nas investigações. Suas
informações teriam sido importantes para a desarticulação de todo o
grupo. "Se fosse levado para o presídio, provavelmente seria morto pelos
ex-comparsas", disse Rommel Kerth.
Na época do
caso, a Polícia Civil trabalhou em sigilo até conseguir desvendar o
sequestro. O estudante passou cerca de 23 dias em cativeiro.
Fonte: DN
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