
Apesar de morar e ter sido registrada em Miracatu, Denise Correa nasceu
no Hospital Santo Antônio de Juquiá, no interior de São Paulo, no dia 20
de outubro de 1979. Ela descobriu que foi trocada porque teve que fazer
um exame de DNA para seu suposto pai reconhecer a paternidade. Para a
surpresa dela e de toda a família, ela soube que, além de não ser filha
dele, também não havia sido gerada pela mãe de criação.

Lucélia e Denise, trocadas na maternidade em
Juquiá, SP. (Foto: Denise Correa/Arquivo Pessoal)
Após a descoberta, Denise, hoje com 33 anos, começou uma campanha e
entrou com uma ação judicial contra o hospital onde nasceu para tentar
descobrir quem são seus verdadeiros pais biológicos.
O rumo dessa história começou a mudar quando o caso foi divulgado em uma
reportagem no G1. Lucélia Barbosa, que nasceu no mesmo dia e local e
hoje mora em Praia Grande, no litoral de São Paulo, achou que poderia
ser o bebê trocado na maternidade em Juquiá. Ela entrou em contato com a
Denise e marcou um primeiro encontro entre as famílias.
Lucélia ficou impressionada com sua semelhança com Dalila Correa, mãe de
criação de Denise. "Ela tem todos os traços da minha fisionomia e eu os
dela. Então acho que são grandes as possibilidades da história ser
verdadeira e ela ser minha mãe", disse na época. As semelhanças físicas
entre os supostos irmãos e pais trocados foram notados por todos. Diante
dessa quase certeza, as famílas resolveram fazer o teste de DNA.

Semelhança entre Lucélia e Dalila impressionou.
(Foto: Denise Correa/ArquivoPessoal)
Nesta sexta-feira (26), todos se reuniram novamente para abrir os
envelopes com os resultados dos exames de DNA, e o que já era esperado
foi confirmado: positivo para paternidade e maternidade das duas
crianças trocadas há 33 anos. "Parecia novela, dessas com final feliz.
Todos ficaram contentes, choraram de felicidade", relata Denise.
Agora ela espera conhecer melhor Jesuino Gomes Barbosa e Zelina Batista
de Araujo Barbosa, seus verdadeiros pais biológicos, e os novos irmãos e
irmãs. "Minha busca chegou ao fim. Graças a Deus encontrei eles.
Cheguei a pensar, pelo tempo que passou, que pudessem já estar mortos.
Mas agora vamos manter contato. Não mudou nada com relação à mãe que me
criou, só aumentou a família", conclui.

Teste de DNA comprova o que as famílias já tinham quase certeza. (Foto: Denise Correa/Arquivo Pessoal)
G1
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