O professor Vicente de Paula Miranda Leitão foi morto em plena Praça da Gentilândia quando a esposa era assaltada
A
Justiça condenou ontem, a 24 anos de prisão, o assaltante e latrocida
Francisco Chagas Neto. Ele é acusado de ter participado do assalto
seguido de morte que teve como vítima o professor e pesquisador Vicente
de Paula Miranda Leitão, que tinha 46 anos. O crime ocorreu no começo da
tarde do dia 21 de setembro de 2011, no momento em que Leitão e a
esposa chegavam de carro à Praça da Gentilândia, no bairro Benfica,
nesta Capital.
Francisco
Chagas Neto, conforme apurou a Polícia, na época do crime, praticou o
assassinato juntamente com um adolescente. Os dois estavam armados de
revólveres e atacaram a esposa do professor que havia ficado no veículo
do casal, uma caminhonete modelo L-200, preta, de placas HXK-9962.
Leitão
tinha acabado de desembarcar do carro e seguia, a pé, em direção ao
Instituto Federal de Educação Tecnológica do Ceará (IFCE), onde
lecionava e iria participar de uma reunião de professores.
O professor foi atingido com um tiro na cabeça e teve morte instantânea. A esposa testemunhou o crime e, posteriormente, reconheceu o assassino na Polícia |
Tiros
No
momento em que percebeu que sua mulher estava sendo atacada pelos
assaltantes, o professor imediatamente retornou ao veículo e tentou
intervir para que os assassinos não levassem sua esposa como refém.
Neste instante, um dos ladrões dispara a arma. Atingido com um tiro na
cabeça, o professor tem morte instantânea.
Os
assassinos fugiram no veículo em direção à Avenida 13 de Maio. Mas, no
dia seguinte, por volta de 7 horas, ambos foram localizados pela Polícia
Militar no momento em que ainda transitavam no veículo da vítima pelas
ruas do bairro Siqueira, na zona Sul da Capital.
Dentro
do carro, a Polícia encontrou o crachá funcional do professor e a arma
utilizada no crime. Os dois assaltantes ainda tentaram escapar do cerco
policial, mas foram detidos por um PM de folga e por patrulhas do Ronda
do Quarteirão.
O menor foi encaminhado à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) e o adulto autuado em flagrante delito.
O
inquérito sobre o caso foi concluído e seguiu para a Justiça, sendo
distribuído para a 9ª Vara Criminal da Capital. No dia 24 de outubro de
2001, o assaltante Francisco Chagas Neto foi denunciado pelo promotor de
Justiça Domingos Sávio Amorim por latrocínio (roubo seguido de morte).
Amorim ainda sugeriu, no mesmo despacho, que a prisão preventiva do
bandido fosse convertida na decretação de sua prisão preventiva, com
base no artigo 312 do Código de Processo Penal, que autoriza a prisão
cautelar "para a garantia da ordem pública".
O assaltante Francisco Chagas Neto foi preso no dia seguinte ao crime, ao ser descoberto pela PM ainda com a caminhonete da vítima fotos: José Leomar |
Assistência
Na
tarde de ontem, eles receberam a informação da condenação do latrocida e
obtiveram cópias da sentença proferida pela juíza de Direito Vanessa
Maria Quariguasy Pereira Veras, titular da 9ª Vara Criminal.
No
documento, a magistrada foi enfática ao afirmar que, "observo a
suficiência das provas dos autos, onde não se permite um outro veredito
senão o acatamento da acusação, já que as declarações das testemunhas,
e, em especial, o contundente reconhecimento feito pela esposa da
vítima, indicam com segurança que o denunciado foi um dos autores do
delito".
A
juíza ressaltou, ainda, a importância do trabalho da Perícia por
ocasião do exame residuográfico, que teve resultado positivo, confirmado
que o acusado havia realizado disparo de arma de fogo, "e, ainda, o
fato de a arma e de parte do material roubado terem sido encontrados em
poder de Francisco Chagas e do adolescente", relatou a juíza.
Durante
a instrução criminal do processo, o assaltante tentou imputar a autoria
do crime a seu irmão, um adolescente, mas a manobra não teve êxito.
A
juíza condenou o réu a 21 anos de reclusão e acrescentou mais um sexto,
pelo fato de o bandido ser reincidente, fixando, assim, a pena
definitiva em 24 anos de reclusão, além do pagamento de multa.
PROTAGONISTA
Educador foi executado sem chance de defesa
Vicente
de Paula Miranda Leitão tinha 46 anos quando foi assassinado por
bandidos que assaltavam sua esposa para roubar o veículo do casal. O
crime ocorreu por volta de 13 horas do dia 21 de setembro de 2011, na
Praça da Gentilândia. Atingido com um tiro na cabeça, ele teve morte
instantânea, conforme atestou a Perícia Forense. O caso foi esclarecido
menos de 24 depois, quando os matadores foram detidos pela PM
FERNANDO RIBEIRO/EDITOR DE POLÍCIA
FONTE: DN
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